domingo, 9 de dezembro de 2007

Depois destes anos de corredor... Nossa opinião não mudou!

Porque nossa opinião não mudou, quando todos os usuários parecem estar satisfeitos com o corredor?
É simples. Como a Av. Rebouças já era uma via saturada antes da implantação do corredor de ônibus, com 1.200 carros/hora no horário de pico, a imobilização de uma faixa de rolamento para a passagem de 150 ônibus/hora causou sérios prejuízos às vias paralelas e transversais.
Numa primeira análise, os passageiros de ônibus do trecho Vila Sônia – Centro podem até ter sido atendidos e estar viajando com mais rapidez, mas todos os passageiros do sistema público de transporte que utilizam vias como R. Teodoro Sampaio e R. Cardeal Arco Verde estão arcando com um trânsito muito pior e, portanto, com viagem mais lentas e o trânsito nas ruas residenciais dos Jardins compromete a ambiência objeto de seu tombamento.
Em adição, nem a viagem deste trajeto melhorou no horário de pico, analisando os dados da própria SPTrans, os ônibus do corredor que passa na Av. Rebouças estão circulando a 8,4 Km/h (ou 12,2 Km/h dependendo do sentido e horário) quando o esperado era 20 Km/h. Além disso, as intermináveis e diárias filas de ônibus nos pontos da Av. Faria Lima e R. Consolação de tempos em tempos são notícia nos jornais.
Ou seja, piorou para todo mundo! É claro que sempre se pode dizer que 8,4 Km/h é melhor do que havia antes (dado que desconhecemos), mas a verdade é que o objetivo não foi alcançado. Podemos citar algumas razões: 1) o corredor em via saturada sem pista para ultrapassagem gera fila de embarque e desembarque; 2) as filas de embarque e desembarque são piores porque a validação da passagem ocorre dentro do ônibus e as pessoas ficam esperando na plataforma para entrar no ônibus atrasando a operação; e, 3) a troncalização não foi implantada.

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