quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Reflexões para 2009

Prezados Amigos e Participantes do Movimento Rebouças Viva, neste último dia de 2008 cabe uma reflexão sobre o que esperar em 2009:

- O trânsito em São Paulo está à beira de um colapso, se é que já não colapsou;
- Os corredores de ônibus em geral estão aliviando o fluxo do transporte coletivo, mas ainda andam muito lentamente; e,
- O corredor de ônibus que passa na Av. Rebouças é muito lento e a CET e SPTrans estudam formas de torná-lo igual aos demais.

Nós que acompanhamos desde o início a concepção deste corredor sabemos que ele é inviável, pois já foi instalado numa via saturada, sem condição de ultrapassagem e sem racionalização dos destinos, além de ter a mesma origem e destino da Linha 4 do Metrô. Por tudo isso, sabemos que este deve ser um corredor transitório e não definitivo, pois com a inauguração de Linha 4 a necessidade de ônibus nestes trajeto reduzirá naturalmente e poderá transitar de forma compartilhada nesta via.

É possível que luminares advoguem que é necessária uma intervenção já, principalmente nas duas paradas críticas – Faria Lima e Consolação. Nestes pontos a CET e a SPTrans identificaram a necessidade de ultrapassagens, mas como sabemos só há duas possibilidades: 1) reduz-se uma via de trânsito de veículos; ou, 2) reduz-se as calçadas. Porém, nestes 2 pontos já não há calçada a ser reduzida, pois ao arrepio de sua competência o Condephaat, na implantação do corredor, já autorizou a redução efetuada não restando mais passeio digna deste no nome.
É possível que uma terceira solução seja aventada, a saber, o prolongamento das paradas, causando um impacto visual que dificilmente surtirá o efeito desejado, pois quando as filas de ônibus se formam nestes pontos ultrapassam 500m ou 1 km.
Quem analisa a interminável fila de ônibus vê que ela se deve à lentidão da entrada das pessoas no coletivo (devido à altura dos degraus e ao pagamento da passagem no interior do ônibus); ao fato de que as linhas não foram racionalizadas como se previu na origem (mesmo com a possibilidade de ultrapassagem, há que se considerar que sua utilização depende do embarque dos passageiros a cada destino); ao semáforo logo na partida do ônibus; à impossibilidade de ultrapassagem, entre outros motivos.
A CET e a SPTrans certamente não desistiram de seus projetos, só estiveram paralisados talvez pela lentidão do processo ou pelo período eleitoral.
Não sabemos ainda qual o resultado da pesquisa origem/destino finalizada, nem no que seus dados poderão ajudar ao problema de deslocamento de quem vive e trabalha na Av. Rebouças, mas esperamos poder discutir as distâncias que temos que percorrer hoje.

Da Subprefeitura penso que podemos esperar apoio no sentido de preservar a já combalida qualidade de vida na Av. Rebouças, e adjacências, já que neste ano calçadas foram recuperadas e houve o replantio de árvores e folhagens no canteiro central e nas calçadas. Muitos dos itens que o Movimento Rebouças Viva discutiu com a Subprefeitura foram tocados e os que não aconteceram em 2008 vamos voltar à carga em 2009.